sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Menino ou Menina?

 Nos dias de hoje, para ser o dono de uma empresa, basta ser proprietário de pouco mais de sua metade, por vezes, com menos da metade já se é o dono da empresa, aliás, já não falamos mais em "dono", mas controlador.

 Nos dias de hoje, muitas doenças não têm cura, já ficamos contentes quando têm tratamento eficaz e podemos conviver bem com o mal.

 Nos dias de hoje, vivemos tempos que requerem flexibilidade, o absoluto é uma utopia, a certeza não repousa no 100%.

 Tenho lido e ouvido o conselho de que não se deve divulgar a gravidez antes de completar o primeiro trimestre da gestação, pois o índice de abortos espontâneos nesse período é elevado. Esse conselho toma por pressuposto que se menos pessoas souberem da gravidez, menor será a dor de eventual perda. Não seguimos esse conselho, já divulgamos nossa gravidez tão logo tivemos os 98% de certeza da concepção.

 Agora, no segundo ultrassom que fizemos, a dotôra informou que não podemos ter a certeza sobre o sexo, mas o processo de formação do bebê já dá seus sinais, com nível de acerto próximo de 75%. A minha mulher, com os poderes mágicos que só grávidas possuem, já está intuindo o sexo do bebê. Ela estava quieta sobre essa intuição, pois não queria confundir a percepção sobre qual será o sexo do bebê com uma preferência por menino ou menina. Para a tranquilidade da futura mamãe, as evidências médicas apontam no mesmo sentido da sua intuição, assim, por conta própria, elevamos o percentual para 85%. Então, qual o sexo? Provavelmente, menino.

 Se por acaso você já me ouviu dizendo que será menino ou que o percentual é de 90%, é porque ocasionalmente levamos em conta a Tabela Chinesa. Já pensamos em buscar os 98% de acerto, com o exame de sangue chamado sexagem fetal, porém, deixamos de lado essa idéia, pois essa incerteza é gostosa, estimula a imaginação e nos envolve mais.

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