sábado, 18 de junho de 2011

Presente para Alice

Alice completou uma semana, como presente, ganhou um brinquinho, que foi colocado enquanto mamava, pareceu-me que o prazer do peito é muito maior que uma possível dor, já que não houve  gritos nem berros, sequer uma paradinha na mamada. Quem está feliz com a novidade é a mamãe!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nasceu o papai?

 Alice nasceu cheia de saúde e vitalidade, suga bem o peito, tem energia. Hoje, quarto dia de vida, enquanto a mamãe trocava sua roupa, fiquei brincando com ela, mostrando e movimentando minha mão. Para todos os lados que eu movi, Alice acompanhava, atenta, com seus olhos brilhantes. Fiquei encantado com essa interação, orgulhoso, convicto de que minha menina é mais esperta da mundo! Agora sim, esse sentimento me deixou tranquilo de que junto com a Alice nasceu um papai babão.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Nasceu Alice!

 Alice nasceu de cesariana 09/06/2011, 14h20, 3,195 kg, 49 cm, eu estou um pouco sonolento agora, com preguiça de escrever, prefiro viver. Mas não vou deixar de dar a notícia neste blog. Nossa filhinha é o bebê mais bonito do berçário, até mesmo as enfermeiras e auxiliares, que estão acostumadas com bebês, ficam encantadas com ela! Sinto-me abençoado! Ela tem saúde, alegria, paz, cabelo, unhas compridas, pele rosada, instinto de sucção, choro estridente, bocejos, espirros e infinitas outras coisas que estamos ansiosos para viver e descobrir. 

domingo, 5 de junho de 2011

Expulsar ou extrair?

 A espera por Alice está chegando ao fim. Uma ou duas semanas no máximo. Nossa filhinha está sentada, o que os médicos chamam de apresentação pélvica, ou seja, não está com a cabeça posicionada em direção à saída (para não escrever vag....), por isso, a recomendação médica é para o parto cesariano.
  Nossa preferência era pelo parto normal, considerando as propaladas vantagens, como recuperação mais rápida da mãe, facilidade para amamentar, maior participação da mãe no trabalho de parto, o que aumenta o vínculo afetivo mãe-filho, ou ainda que a passagem pelo canal vaginal é benéfico para a saúde do bebê.
 Há também aquela coisa simbólica de que na cesariana o bebê será arrancado do ventre materno, repentinamente, à força, quando ainda não tinha chegado a sua hora. Mas hoje vejo que isso é bobagem. A diferença entre parto normal (ou natural) e o parto cesariano (ou cirúrgico), é a diferença entre  expulsar e extrair. 
 Nada me convence de que o bebê quer sair e esse desejo dá início ao trabalho de parto normal. Não é isso. Ele é expulso, independentemente de sua vontade, pelas contrações uterinas, então, pouca diferença há para o caso em que é extraído, pelas mãos e instrumentos médicos. Pelo contrário, podemos até pensar que ser buscado pelo mundo é melhor que ser jogado nele.
 No entanto, não nos foi dado escolher, como se trata do primeiro parto e o bebê já está com 3,2 kg (isso pelo ultrassom da segunda-feira passada, hoje podemos estimar 3,4 kg., o que é orgulho para uma mamãe do interior) é muito arriscado o bebê sair de marcha a ré, pelo que a recomendação médica conclusiva é a cesariana.  
 Fico então pensando o que aconteceria se vivêssemos em tempos não muito passados, quando a única opção era o parto normal. Morreriam a mãe e o bebê? Barbaridade! Mas a resposta é que o bebê ia sair de bunda mesmo, quando ela já estivesse para fora, a parteira deveria puxar uma perna primeiro, depois a outra. Então vem o momento crítico, tirar a cabeça do bebê, sem quebrar o seu pescoço, o que seria fatal e muito mais fácil de acontecer, já que o queixo do bebê pode se prender, enroscar. Há uma manobra para evitar esse problema, mas graças à Deus não somos fundamentalistas, deixamos de lado nossa opção pelo parto normal e estamos preparados para a cesariana. 



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Som, fúria e pediatria

 Eu não assumo que sou neurótico, pois ainda estou seguro de que não sou. Mas vejam só, quis ir ao pediatra antes mesmo de nossa filha nascer. 
 É que, para a relação médico-paciente funcionar bem, penso que é preciso nos conhecermos desde já, único caminho para encontrarmos a afinidade e construirmos a confiança. Também exigências de ordem prática, como as agendas lotadas, convênios médicos, disponibilidade de atendimento por telefone, aconselham a visita ao pediatra antes mesmo do nascimento. É melhor já resolver agora, com calma, do que depois, quando o bebê chegar. A visita ao pediatra foi um bom retrato do mundo em que vamos entrar, já começa na sala de espera.
 Nossa pediatra nos pareceu muito bacana e atenciosa. Como fala! Alto e rápido. Logo comprometeu-se a ir receber nossa filha na maternidade, assim que ela nasça, para os primeiros exames. 
 Contou-nos que, certa vez, estava no supermercado, já com o carrinho cheio, quando foi chamada para receber um cliente que estava chegando ao mundo. De pronto, largou o carrinho, foi ao hospital, examinou o bebê recém-nascido, que estava tudo bem, voltou ao supermercado, para sua felicidade, o carrinho com as compras ainda estava lá! Ficou mais feliz com isso do que com o próprio nascimento! 
 Com uma boa dose de poesia e verdade, alertou-nos que é importante deixar o bebê nos ensinar a sermos pais. Avisou-nos que é normal os pais terem essa ânsia de fazer tudo certinho, perfeito, mas que isso absolutamente não é necessário, podemos ficar tranquilos, por exemplo, ao dar banho, pode dar umas duas ou três afogadinhas no bebê, que não tem problema, tá liberado. A vida não exige a perfeição.
  Som e fúria, as palavras que Shakespeare escolheu para explicar a vida, é a primeira coisa que posso ver e intuir do novo mundo em que vamos mergulhar. Os bebês são exuberantes signos da vida.
  Vimos um documentário na televisão em que o casal contava sua experiência na primeira noite do bebê em casa. Colocaram-no para dormir junto com eles, na cama de casal, no famoso meinho. Acontece que no meio da noite a fralda vazou, eles demoraram a perceber, quando acordaram tinha merda em tudo quanto é lugar! Mesmo assim, eles estavam felizes, radiantes. 
 Recordei-me da frase que escrevíamos na agenda escolar, "jovem é como papel higiênico, se não tá no rolo, tá na merda". Se na adolescência eu dizia que a vida é uma merda, na paternidade eu percebo que merda é vida! Tá cagando é porque tá vivo, tá bem e isso tudo é muito divino.