segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Espelho dos pais

 Mamãe, no café da manhã, fez um rolinho de presunto e mussarela para Alice. Então cortou um pedaço, com a faca que estava disponível na mesa: a mesma do requeijão. Junto ao pedaço do rolinho ficou um pouco de requeijão, que estava na faca. NÃÃÃOOO, mamãe! Imediatamente esbravejou a Alice, apontando para o requeijão lambuzado.
 Fiquei impressionado com o fato! Pude me ver ali, no lugar da Alice, exatamente como ela. Foi como se ela estivesse vivendo e sentindo o mesmo que eu já vivi e senti.
 Não sei se é genético ou se com apenas dois anos de idade ela já observou e absorveu esse meu comportamento exigente e minucioso, mas pouco importa a origem, o fato continua espantoso. Afinal, a Alice gosta de requeijão, mas tem de ser do jeito certo.
 É conselho antigo e já conhecido: escolher bem a pessoa com quem se vai ter filhos, pois estes ficarão idênticos aos seus pais, no que tem de bom e de ruim. Saber isso é uma coisa, mas ver isso acontecendo de uma maneira tão direta e rápida é assombroso.